O crack leva ao rompimento dos laços da nossa humanidade, separando as pessoas do seu convívio familiar, das boas amizades, rompe relações de trabalho e transforma em nada, ou em pó, a vida humana. As cenas características das regiões das “cracolândias” são a assustadora visão de uma pequena multidão de seres humanos desumanizados, alucinadamente envolvidos no ambiente de sua própria destruição. O sentimento mais comum da coletividade usuária de crack é o da falta de sentido para a vida.
Ao dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6), Jesus pontuava sobre a necessidade da vida humana encontrar o verdadeiro sentido: o homem existe para se encontrar com Deus. Por isso, o grande resgate que Jesus propõe é o resgate da comunhão do homem com sua vida, isto é, o reencontro do homem com o seu Criador. Esse é o sentido mais básico da “religião”, isto é, religar o homem a Deus.
As cracolândias precisam de uma ação de resgate. A maior necessidade desta multidão de pessoas desesperançadas é a retomada de sua capacidade de viver em companhia e encontrar algum sentido para a vida. Resgate é uma especialidade de Jesus Cristo, cuja primordial missão foi vir ao mundo nos conduzir de volta a Deus e à restauração de todos os relacionamentos fundamentais da nossa humanidade.
O caminho da recuperação de alguém que foi destruído pelo crack passa pela reorganização de sua capacidade de se relacionar. Eles precisam que lhes ajudemos a reencontrar as pessoas que amam e principalmente encontrarem-se com Deus. Enquanto o crack quebra toda a vida e veio para destruir, Jesus reconstrói e rompe o ciclo da destruição: “Vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João 10.10).