O jurista Ives Gandra Martins separou um dia da sua atribulada agenda para conversar com os parceiros e amigos da Associação Evangélica Beneficente (AEB) sobre a situação econômica e política do Brasil.
O evento aconteceu durante o almoço do dia 22 de maio na ACM / YMCA com a presença de 70 empresários e profissionais liberais, entre eles, destacam-se o jurista Dr. Modesto Carvalhosa, o presidente da Associação Comercial de São Paulo Dr. Rogério Amato, presidente do Conselho Curador da Fundação Cerqueira Leite Sr. Clineu Aparecido Francisco, vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Dr. Marcel Mendes, ex-Desembargador Dr. Renan Lotufo e o presidente da Fundação Santa Marcelina Dr. Custódio Filipe de Jesus Pereira.
Além de jurista, escritor e advogado tributarista, Ives Gandra é presidente do Centro de Extensão Universitária e professor emérito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e Escola Superior de Guerra, e professorhonoris causa pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
No início da palestra, Ives Gandra relembrou seus tempos de Partido Libertador em que dividiu os ideais com seu grande amigo Dr. Paulo Soares Cintra, um dos idealizadores do evento. Na análise do contexto brasileiro atual, afirma que no presente cenário político, há 22 mil cargos públicos comissionados. Ives Gandra compara este fato à situação norte-americana – economia seis vezes maior que a brasileira – na qual apenas 200 cargos são comissionados, o restante é ocupado por servidores concursados.
Na análise do contexto brasileiro atual, afirma que no presente cenário político, há 22 mil cargos públicos comissionados. Ives Gandra compara este fato à situação norte-americana – economia seis vezes maior que a brasileira – na qual apenas 200 cargos são comissionados, o restante é ocupado por servidores concursados.
“Isso traz um enorme problema; por exemplo, 37% da carga tributária que o Brasil tem é absorvida por essas pessoas que estão nesses cargos servindo-se do poder e não servindo ao poder”, esclarece Ives Gandra.
Claramente no lado oposto do espectro político atual, Ives Gandra fez duras críticas à gestão da presidente Dilma Roussef, principalmente, à sua política econômica relacionada aos negócios privados.
De acordo com Ives Gandra, o controle federal dos lucros de empresas brasileiras pode transformar o país em uma nova Bolívia onde os empresários correm todos os riscos e a própria política tributária “vai levando os índices de inflação a níveis fantasmagóricos”, afirma Ives Gandra.
“Quantas instituições do Terceiro Setor, que fazem o que governo deveria fazer com nossos tributos, estão inviabilizadas por causa dos índices de inflação?”, pergunta Ives Gandra. Foi justamente sobre o cenário atual para a sobrevivência do Terceiro Setor que Ives Gandra foi convidado a falar.